O governo brasileiro anunciou que a presidência da 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30 da UNFCCC) caberá ao embaixador André Corrêa do Lago, Secretário de Clima, Energia e Meio Ambiente do Ministério das Relações Exteriores do país. A economista e doutora em Ciência Política, Ana Toni, atual Secretária Nacional de Mudança do Clima do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, será a Diretora-Executiva (CEO) da COP30.
A indicação do embaixador para presidir a COP30 foi do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva. Por sua experiência envolvendo situações climáticas e na carreira diplomática desde 1982, Corrêa do Lago, conforme apontado na nota, “reflete o compromisso do Brasil com a agenda global de desenvolvimento sustentável e reforça a liderança do país nas negociações climáticas internacionais”.
O anúncio reforça a importância “na preparação” da COP30, a ser realizada em Belém, capital do Pará, em novembro de 2025. Os organizadores, conforme dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV), aguardam um fluxo de 40 mil pessoas durante a realização da conferência, sendo que sete mil são integrantes das equipes da ONU e delegações de países membros.
De acordo com as normas, o presidente da COP deverá promover consensos e intermediar negociações entre os Estados partes na Convenção. A nota esclarece que, apesar de ser “indicado pelo país-sede, deve atuar de forma imparcial e conduzir a Conferência segundo regras preestabelecidas. O seu trabalho de escuta e articulação se inicia vários meses antes da COP”.
Atualmente, a presidência formal da COP é do Azerbaijão, mas até a abertura oficial da 30ª Conferência, caberá ao Brasil, “como presidência designada” e sob o comando do economista Corrêa do Lago, “liderar os esforços para o êxito das negociações, promovendo o diálogo entre países e demais partes interessadas”.
Ígor Lopes