Brasil: Presidente Michel Temer acusado pela Polícia Federal de corrupção passiva e lavagem de dinheiro

Nos últimos 13 meses, a Polícia Federal (PF) brasileira levou a cabo uma investigação sobre o Presidente Michel Temer e o seu grupo político com o objetivo de apurar se receberam dinheiro em troca de beneficiar indevidamente de empresas do setor portuário. Concluído o inquérito, a PF divulgou o relatório final sobre o caso, segundo avançaram esta terça-feira, 16 de outubro, os jornais “O Globo” e “Estadão”.

No documento pode ler-se que a autoridade indiciou o atual Presidente do país e também a filha, Maristela, por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Existem ainda outros acusados, entre eles Michel Miguel Elias Temer Lulia, Antônio Celso Grecco, João Baptista Lima Filho, Rodrigo Santos da Rocha Loures, Carlos Alberto Costa Filho, Maria Rita Fratezi, Maristela de Toledo Temer Lulia, Ricardo Conrado Mesquita, Carlos Alberto Costa, Almir Martins Ferreira e Gonçalo Borges Torrealba.

A PF solicitou a prisão preventiva do coronel João Baptista Lima, amigo de longa data de Temer, e da mulher do coronel, Maria Rita Fratezi, além de ter pedido que nenhum dos envolvidos no caso pudesse mexer nos seus bens pessoais, inclusive o Presidente.

No relatório final é revelado que Michel Temer usou empresas do coronel João Baptista Lima, já reformado,  para receber fundos da empresa Rodrimar através de um complexo esquema financeiro, que envolveu empresas falsas ligadas ao coronel. A PF mencionou também a existência de crimes nos pagamentos feitos pelo grupo Libra.

O documento, assinado pelo delegado Cleyber Malta Lopes, foi enviado ao Supremo Tribunal Federal e será ainda reencaminhado para a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, a quem cabe a decisão de denunciar ou não o Presidente, com base nos fatos investigados pela PF.

O advogado de Michel Temer, Brian Alves Prado, afirmou que não se vai manifestar sobre o assunto porque ainda não teve acesso ao relatório final. A defesa de Gonçalo Torrealba, do Grupo Libra, também declarou que não teve acesso ao documento da PF.

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