A direção política da Frente de Libertação do Estado de Cabinda (FLEC-FLAC) enviou um comunicado ao e-Global nesta segunda-feira, 27 de maio, para informar que denunciou a operação de limpeza étnica contra as populações cabindesas na província do Congo Central, localizada na República Democrática do Congo (RDC).
“A operação conjunta lançada pelas Forças Armadas da República Democrática do Congo (RDC) e pelas Forças Armadas Angolanas é um processo estratégico que visa erradicar os refugiados cabindenses nos centros da RDC e que deveriam estar sob a proteção do ACNUR”, é salientado no documento assinado pelo secretário-geral da FLEC-FAC, Jacinto Antonio Télica.
De acordo com a mesma fonte, no passado sábado, dia 25, três civis cabindeses foram executados por soldados angolanos na aldeia de Kipholo, na RDC. No dia seguinte, 26, nove civis foram presos arbitrariamente na fronteira Mbaka-Nkosi, entre Cabinda e a RDC.
“As autoridades angolanas utilizam as operações militares conjuntas em território congolês para visarem os refugiados cabindeses na República Democrática do Congo e os militares angolanos exercem impunemente uma violenta repressão as populações cabindesas instaladas na RDC e ao longo da fronteira entre Cabinda e o Congo Central”, lê-se ainda no comunicado.
Neste sentido, a direção política da FLEC-FLAC apela “ao Secretário-Geral da ONU, António Guterres, para condenar veementemente este crime”.
“A FLEC-FAC apela urgentemente à ONU, face aos novos crimes cometidos pelo governo angolano, a ativar todos os mecanismos disponíveis para proteger a população cabindesa que vive ao longo da fronteira entre a República Democrática do Congo e Cabinda”, é igualmente referido.
“A FLEC-FAC condena vigorosamente os crimes cometidos pelas Forças Armadas Angolanas e congolesas, que levaram à morte de vários civis, particularmente crianças”, conclui a direção política do movimento independentista cabindense.