O Movimento Democrático Guineense (MDG) alertou esta quarta-feira (06.06) para “os riscos de conflito político-militar e desagregação“ na Guiné-Bissau, e destacou que “a gravidade e iminência da situação obrigam a um levantamento popular para travar o processo de destruição do país e perda da sua soberania e da sua identidade“.
A posição do MDG foi transmitida por meio de um comunicado pelo seu líder, Silvestre Alves, numa ocasião em que, segundo o mesmo, a maioria das formações políticas com assento no parlamento estão fragmentadas e o ambiente de crises associadas à detenção de militares acusados das tentativas de golpe de Estado em 2022 e 2023.
Silvestre Alves responsabilizou o Chefe de Estado guineense Umaro Sissoco Embalo pela morte de Papa Fanhe, um dos militares detidos na sequência de alegada tentativa golpe de Estado de 1 de Fevereiro de 2022.
O Movimento Democrático Guineense exigiu a libertação imediata de todos os detidos nos casos 01 de Fevereiro de 2022 e 01 de Dezembro de 2023, e aguardarem o julgamento em liberdade.
“Umaro Sissoco Embalo deu provas da sua leviandade com as suas declarações sobre a forma como encara o seu crime de sequestro e a sua responsabilidade na morte do capitão-de-fragata, Papa Fanhe”, acusou Silvestre Alves.
Para o dirigente político “o pedido de demissão do Secretário de Estado da Ordem Pública, José Carlos Macedo, é uma simulação para distrair as atenções, que a morte de Papa Fanhe desperta”.
No mesmo documento, o MDG exigiu a Umaro Sissoco Embalo “a reposição dos órgãos da soberania legitimados nas urnas, bem como o respeito rigoroso do calendário eleitoral e marcação das eleições presidenciais para finais deste ano”.
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