A Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH) acusa o Presidente da República pelo ambiente de “hostilização permanente dos Jornalistas” na Guiné-Bissau.
Esta terça-feira, 17 de Setembro, ao reagindo à “violenta” agressão física de um jornalista da Agência Lusa na Guiné-Bissau pelas forças de segurança, que ocorreu no Domingo, quando estava em pleno exercício das suas funções nos arredores do aeroporto internacional Osvaldo Vieira em Bissau, a organização dos Direitos Humanos condenou a agressão que “enquadra-se na já conhecida estratégia do regime liderado por Umaro Sissoco Embaló de aniquilar a liberdade de imprensa”.
Segundo a LGDH esta acção “tem como executores o Ministro do Interior e o Secretário de Estado da Ordem Pública, através dos agentes das forças de segurança, mal preparados e ao serviço de autoritarismo e das arbitrariedades”.
“Esta agressão brutal de mais um jornalista, cujo crime foi apenas exercer a sua profissão de formar e informar a opinião pública sobre assuntos de interesse público, representa uma afronta à democracia e ao Estado de Direito”, referiu a organização.
Na nota da Liga Guineense dos Direitos Humanos, que a e-Global teve acesso, a organização denuncia que “os sucessivos casos de agressões físicas e verbais contra os jornalistas e a liberdade de imprensa na Guiné-Bissau, decorrem directamente da campanha de hostilização permanente dos órgãos de comunicação social e do jornalismo independente, desencadeada pelo Presidente da República Umaro Sissoco Embaló”.