O presidente da Assembleia Nacional Popular (ANP) e líder da Coligação PAI-Terra Ranka, Domingos Simões Pereira quer que presidente da República Umaro Sissoco Embaló inicie um diálogo inclusivo com actores políticos e sociais do país, quando está a pouco mais de um mês do término do seu mandato.
A posição de Domingos Simões Pereira foi difundida este sábado, 18 de Janeiro, numa publicação vídeo nas redes sociais, em que o dirigente político aproveitou para tecer um panorama sobre situações sociopolítica e económica da Guiné-Bissau.
De acordo com Domingos Simões “logo no início do mandato presidencial havia muitas tentativas para distrair pessoas. Talvez estão surpreendidos, porque de repente viram o mandato terminar” pelo que pensam “ainda em distrair para adiar”.
“O momento actual é grave. Chamáramos a atenção muito antes. Agora o que está a acontecer? De acordo com as nossas leis [nossa Constituição] ninguém tem condições de fixar datas para novas eleições, incluindo Presidente [da República], que não tem competência legal de fixar eleições, porque marcar escrutínio precisa de 90 dias, enquanto resta-lhe apenas 41 [dias]”, insistiu Simões Pereira na publicação de Sábado 18 de Janeiro.
Presidente do parlamento reforçou que o chefe de Estado deveria “aproveitar os” últimos dias “que lhe restam para corrigir problemas que ele criou”.
O risco que a Guiné-Bissau corre risco, segundo Simões Pereira, é que “a um determinado momento que pode ser considerado não estado, porque as instituições caducaram e estão sem legitimidade para funcionar”, e relembrou que Sissoco Embaló deve “repor instituições de soberania a funcionarem” nos dias que ainda restam de mandato.
A Presidência de Comissão de CEDEAO deverá enviar uma missão de “alto nível” para ajudar os actores políticos e sociais guineenses a encontrarem um quadro consensual para saída do impasse político no país, defendeu, Domingos Simões Pereira insistindo na necessidade de iniciar “o diálogo”, mas prioritariamente que “o Presidente reponha as instituições Democráticas”.
Domingos Simões Pereira aproveitou também para criticar as “sistemáticas violações dos Direitos Humanos” pelas actuais autoridades, e apelou ao povo guineense para se mobilizar para e exigir o respeito pelos seus direitos.