Uma dívida acumulada de 160 milhões de meticais com a empresa contratada pelo Conselho Municipal da Cidade de Maputo obrigou à interrupção da recolha de lixo na capital do país, desde os primeiros dias de 2024. Trata-se de uma dívida contraída de fevereiro a dezembro de 2023 e que a empresa contratada para a remoção do lixo exige a liquidação para retomar as atividades. Eneas Comiche, edil da cidade de Maputo, disse que, até este momento, não sabe onde ir buscar o dinheiro.
Através de uma nota, o Conselho Municipal da Cidade de Maputo indica que ainda está a mobilizar recursos financeiros adicionais para melhorar o serviço de recolha de resíduos sólidos. Como forma de preservar a imagem da cidade já descaracterizada pelas toneladas de lixo acumuladas nas duas últimas semanas, o Conselho Municipal de Maputo informou que está a trabalhar com a Associação Moçambicana de Micro Empresas de Prestação de Serviços no sentido de identificar e mapear os locais críticos, de modo a facilitar a priorização das intervenções.
O Conselho Municipal de Maputo explica ainda que tem estado a seguir um plano de gestão financeira que prioriza pagamentos parcelares a empresas contratadas, chegando algumas vezes a sacrificar atividades importantes. Apesar deste esforço, acrescenta, o fosso entre os pagamentos efetuados e a dívida acumulada tem estado a crescer continuamente, gerando um ambiente de crispação entre o Município e os gestores das empresas contratadas.
Refira-se que os munícipes de Maputo pagam mensalmente uma taxa de limpeza, valor descontado no ato da aquisição de energia elétrica, através do sistema Credlec, operado pela empresa Eletricidade de Moçambique (EDM).
Aurélio Sambo – Correspondente