O Povo Optimista para o Desenvolvimento de Moçambique (PODEMOS) refutou as alegações de traição proferidas por Venâncio Mondlane, candidato presidencial que o partido apoiou nas eleições de 09 de outubro de 2023.
De acordo com o PODEMOS, Mondlane violou de forma grave os termos do acordo realizado entre ambas as partes. Foi através de um comunicado que a formação política liderada por Albino Forquilha disse ter agido sempre dentro dos limites acordados.
As tensões começaram depois de Dinis Tivane, assessor de Mondlane, ter afirmado que a tomada de posse dos deputados do PODEMOS na Assembleia da República seria uma “traição”, e que a mesma aconteceria em meio a manifestações populares e à rejeição dos resultados eleitorais promulgados pelo Conselho Constitucional.
Ainda de acordo com o mesmo comunicado, o relacionamento do PODEMOS com Mondlane baseou-se num acordo político voluntário e qualquer análise de cumprimento deve considerar este acordo, que define claramente as obrigações das duas partes.
Também o secretário-geral do partido, Sebastião Mussanhane, disse que o PODEMOS não cometeu traição ou incumprimento, tendo realçado que o partido subordinou-se frequentemente às estratégias unilaterais de Mondlane e assumiu as consequências dessas ações.
Mondlane diz não se opor à tomada de posse do PODEMOS
Venâncio Mondlane escreveu nesta quarta-feira, 08 de janeiro, uma carta aberta para o presidente do PODEMOS, Albino Forquilha, onde declarou que não se opõe à tomada de posse dos deputados no dia 13 de janeiro.
“Eu nunca me opus sobre a tomada de posse e assento na Assembleia da República, apenas me oponho que esse acto tenha lugar de forma mais vencida, em que nem sequer as principais reivindicações apresentadas ao regime tenham sido tidas e nem achadas em conta”, expôs.
Uma vez que os deputados do PODEMOS vão tomar posse, Mondlane questionou o líder da formação política sobre se vai cumprir algumas cláusulas inseridas no Acordo Político Coligatório, celebrado em Manhiça a 21 de agosto de 2024, cujo conteúdo se desconhece.