Ana Paula Fernandes, que foi empossada da nova presidente do Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, I.P no final do mês de julho, no Palácio das Necessidades, em Lisboa, pretende reforçar as sinergias entre os três pilares de trabalho que caracterizam a missão do Camões, I.P. e os desafios de inovação e resiliência das linhas programáticas a implementar.
A nova presidente, no discurso de tomada de posse que contou com a presença do ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, João Gomes Cravinho, e do Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação luso, Francisco André, destacou o trabalho dos colaboradores, agradeceu a sua dedicação e empenho e reforçou a valorização do papel do instituto no mundo, através da cooperação para o desenvolvimento, da promoção da língua e da cultura portuguesas.
“É uma instituição com dimensão e presença global, cujo saber, experiência e capacidade deve ser valorizada e reconhecida como parte integrante da política externa portuguesa. Para concretizar e reforçar esta dimensão global precisamos investir na modernização do nosso modelo de gestão e operacional. Temos que consolidar, otimizar, inovar”, afirmou Ana Fernandes.
Durante a sua intervenção, o ministro dos Negócios Estrangeiros destacou “o momento especialmente desafiante, mas igualmente pleno de oportunidades, durante o qual vamos continuar a procurar reafirmar o papel do Camões, tanto internamente como no plano internacional”.
A nova presidente do Instituto Camões nasceu a 22 de julho de 1972, em Guimarães, Portugal. É licenciada em Relações Internacionais pela Universidade do Minho (1994); pós-graduada em Assuntos Europeus pelo ISEG (1998); mestre em Cooperação Internacional pelo ISCTE (2001); possui o curso avançado de Gestão Pública pelo INA (2008) e participou no Emerging Leaders Programme de Warton, na Universidade da Pensilvânia, EUA (2020).
Portadora de um extenso currículo e experiência profissional, Ana Paula Lopes Fernandes foi voluntária dos Leigos para o Desenvolvimento em Moçambique (1994-1995); investigadora no Instituto de Estudos Estratégicos Internacionais (1997-1999); responsável de projetos de cooperação para o desenvolvimento no Instituto Marquês de Valle Flor (1999-2005); assessora do Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação (2005-2009); conselheira técnica na Delegação Permanente de Portugal junto da Organização de Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) (2009-2016), assumindo a vice-presidência do Comité de Ajuda ao Desenvolvimento (CAD) durante quatro anos.
Atuou também como facilitadora do Grupo de Estatística do CAD e copresidente do Grupo de Trabalho Investimento e Desenvolvimento da OCDE – AGID (até 2015). Presidiu à reforma do Centro de Desenvolvimento da OCDE. Foi ainda professora convidada em seminários de diversos cursos de pós-graduação, mestrado e doutoramento em várias instituições de ensino superior portuguesas.
Assumiu o cargo de Conselheira da Direção de Desenvolvimento da OCDE (desde 2016), desempenhando as funções de chefe de unidade de Prospetiva, Reforma de Políticas e Relações Globais e coordenando o trabalho da Direção de Desenvolvimento da OCDE nestas áreas.
Ígor Lopes
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