Um grupo de opositores guineenses anunciou que foi apresentada uma queixa em França contra o presidente Alpha Condé e vários relacionamentos, por corrupção.
A queixa foi apresentada na passada terça-feira, no departamento financeiro nacional em Paris, para exigir a abertura de uma investigação contra o chefe de estado.
Na origem da denúncia contra Alpha Condé, bem como alguns membros da sua comitiva, incluindo o seu filho Mohamed Condé e o Ministro da Defesa Mohamed Diané, o coletivo para a transição na Guiné (CTG) pretende denunciar o enriquecimento ilícito, corrupção e apropriação ilegal.
Segundo o coletivo, por ocasião das operações de mineração e alienação de ativos em torno da aquisição da empresa Alliance Miniére Responsable (AMR) da francesa Romain Girbal, mais de 200 milhões dólares (170 milhões de euros) teriam desaparecido.
“Isso permitiu a esta empresa criar um valor acrescentado gigantesco em detrimento das populações guineenses, em particular em detrimento das populações de Boké, que é o coração económico da Guiné e que passa a ser uma das regiões mais pobres da Guiné”, indicou o primeiro responsável do Coletivo para a transição na Guiné.
O governo guineense não quis reagir. Um funcionário do governo disse que o caso era “pura difamação”.
De referir que esta reclamação surge na véspera da nomeação de Alpha Condé, de 82 anos, para as eleições presidenciais.