Uma equipa, constituída pelo Governo do Lesoto para apurar as alegações de assédio sexual e vazamento de provas, concluiu, na semana passada, que existem evidências da ocorrência dessas situações na Universidade Nacional.
Segundo a Comissão, conforme reportado pelo jornal local “The Reporter”, as provas apresentadas são suficientes para justificar acções disciplinares internas pela direção da Universidade.
Durante a investigação, que vem sendo desenvolvida desde fevereiro, a Comissão apontou que alguns docentes atribuíram notas a alunos do sexo oposto em troca de favores sexuais.
A Comissão também concluiu que, além da falta de câmeras de segurança para controlo, o processo e as etapas de impressão de exames são de conhecimento de muitos funcionários, incluindo alguns estudantes e outros com filhos ou familiares que estudam na mesma universidade.
Nesse contexto, a Comissão recomenda, além da adoção de medidas, o acompanhamento da direcção em todo o processo e a responsabilização dos funcionários e alunos envolvidos em práticas ilícitas.
Igualmente, sugeriu que as estudantes que sofreram as consequências dessas práticas ilícitas devam ser tratadas com justiça e devidamente recompensadas.
“The Reporter” também informou que a Comissão recomendou a instalação de câmeras de segurança no escritório académico e nas unidades de reprografia, além de afastar do processo todos aqueles envolvidos nas práticas ilícitas.