O enviado especial do Presidente dos Estados Unidos à Venezuela, Richard Grenell, alcançou vários objetivos fundamentais para o seu país e em contrapartida fragiliza a luta dos democratas venezuelanos, que vêm hoje Nicolás Maduro mais agarrado ao poder.
No âmbito da dura política de imigração de Donald Trump, Grenell comprometeu o governo venezuelano a receber voos de repatriamento, incluindo membros do Tren de Aragua (TDA), a custo zero para os contribuintes norte-americanos.
Em troca, a licença de operação da empresa americana Chevron em território venezuelano foi prorrogada por mais seis meses. A Chevron tem 25% da exploração petrolífera da Venezuela. Assim, as expetativas de uma “mão dura” contra Maduro e a sua administração foram frustradas para aqueles que esperavam da nascente administração Trump uma defesa frontal dos princípios da liberdade na Venezuela.
A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, disse no passado sábado, em conferência de imprensa, que as negociações do embaixador Grenell não constituíram “qualquer reconhecimento” para Nicolás Maduro.