O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou aplicar uma tarifa de 200% sobre vinhos, champanhe e outras bebidas alcoólicas importadas da União Europeia (UE), em retaliação a uma taxa imposta pelo bloco sobre o whisky norte-americano.
Num comunicado publicado na sua plataforma Truth Social, Trump declarou que a medida seria adotada caso a UE não retirasse a tarifa sobre o whisky fabricado nos EUA. Segundo o presidente norte-americano, a aplicação da nova taxa beneficiaria os negócios do vinho e do champanhe nos Estados Unidos.
A ameaça teve impacto imediato no mercado financeiro, levando a uma queda acentuada nas ações das principais empresas europeias do setor.
A Pernod Ricard registou uma desvalorização de 3,2%, a Rémy Cointreau perdeu 3,8%, e a LVMH – proprietária da Moët & Chandon e da Veuve Clicquot – viu os seus títulos caírem 1,9%.
A escalada na tensão comercial entre os EUA e a UE ocorreu um dia depois de Bruxelas ter anunciado medidas de retaliação contra tarifas de 25% impostas anteriormente por Trump sobre as importações de aço e alumínio.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, lamentou a decisão norte-americana e afirmou que a UE iria responder com contra-medidas sobre produtos dos EUA, num valor máximo de 26 mil milhões de euros.
Através de um comunicado, von der Leyen salientou que as tarifas representam um entrave para as empresas e para os consumidores, além de prejudicarem as cadeias de abastecimento e gerarem incerteza na economia.