O trabalho híbrido consolidou-se no Reino Unido após a pandemia, mas com mais exigência por parte dos empregadores. Segundo o Office for National Statistics (ONS), 28% dos trabalhadores britânicos estavam nesta modalidade no primeiro trimestre de 2025, contra apenas 10% em 2021. A tendência é mais marcada entre trabalhadores a tempo inteiro, onde o valor chega aos 34%.
De acordo com a plataforma de emprego Indeed, “dois a três dias por semana no escritório tornaram-se a norma”. Este ano, 85% dos anúncios de emprego que referem trabalho híbrido exigem pelo menos dois dias presenciais, quando em 2022 eram 65%. As funções que pedem apenas um dia no escritório caíram de 35% para 15% nesse período, enquanto os cargos que pedem dois ou três dias subiram para 81% do total.
O número de dias varia conforme a profissão: áreas como contabilidade, recursos humanos e tecnologias de informação são as mais exigentes, com médias acima de 2,3 dias presenciais. Já setores como ciências sociais e arquitetura apresentam requisitos mais baixos, em torno de 1,6 dias por semana. Mesmo no desenvolvimento de software, tradicionalmente associado ao trabalho remoto, quase metade das vagas pedem presença regular no escritório.
Apesar do reforço da presença física, o Reino Unido mantém uma das taxas mais elevadas de trabalho remoto na Europa. O inquérito global G-SWA indica que os britânicos trabalham, em média, 1,8 dias por semana a partir de casa — o valor mais alto entre 18 países europeus e o segundo maior entre 40 países analisados.