Um artigo publicado recentemente na revista internacional “Energies” explora os padrões de consumo e tecnológicos relacionados com a energia necessária para alcançar um futuro sustentável.
Em vez de retratar a atual falta de sustentabilidade como uma função da absorção das emissões de carbono, o documento apresenta uma “Pegada Equivalente de Energia Renovável” (REEF) que “descreve um mundo hipotético em que a procura por eletricidade e combustível é atendida inteiramente com energia renovável ”.
De maneira geral, o modelo REEF demonstra que um futuro sustentável baseado em energia renovável:
(i) “pode ser possível, dependendo da adoção mundial de padrões de consumo típicos de vários países exemplares” (como Argentina, Chipre, Grécia, Portugal e Espanha);
(ii) é altamente dependente de inovações futuras que permitiriam a eletrificação em grande escala do suprimento de energia e o desenvolvimento e produção de combustíveis sintéticos viáveis;
(iii) provavelmente ainda exigiria a “apropriação de uma fração substancial, mas, esperançosamente, sustentável” das florestas ou terras de menor bio-produtividade do mundo.
A pesquisa sugere que a grande mudança para energia elétrica em países de alto rendimento teria que suprir cerca de 75% da procura final de energia da sociedade. Além disso, uma Terra “verde” exigiria o desenvolvimento e a adoção de tecnologias que usem a energia elétrica para converter os gases atmosféricos em combustíveis sintéticos.
A tarefa é, sem dúvida, difícil, mas as apostas não poderiam ser maiores, considerando a devastação futura que poderá ser causada por mudanças climáticas não mitigadas.