A FNLA continua a ter um grave conflito interno. O reflexo dessa situação está no facto de o partido encontrar-se atualmente separado em quatro facções.
Trata-se de divisões internas com lutas em tribunal, facções a realizarem congressos separados e com vários dirigentes a proclamarem-se presidentes da FNLA.
A mais recente polémica aconteceu quando um congresso elegeu Pedro Dala como líder da formação política. A nomeação foi imediatamente colocada em causa pelo deputado Lucas Ngonda, reconhecido pelas autoridades como o presidente da FNLA.
Ngonda informou que iria impugnar em tribunal o congresso no qual foi eleito Dala como novo presidente. Isto porque, defendeu, o verdadeiro congresso da FNLA vai realizar-se entre 16 e 18 de setembro.
Lucas Ngonda lembrou que Pedro Dala foi destituído do cargo de secretário-geral. Já Dala respondeu que Ndonga tem sempre desculpas para atrasar a realização do congresso porque não quer abandonar a liderança do partido antes de 2022.
“Depois vai dizer que temos que organizar o comité central em outro tempo e o tempo vai passar, até 2022”, declarou, acrescentando que “não podemos ser manipulados deste modo por um único homem”.
As atuais quatro facções da FNLA são a ala de Álvaro Roberto, filho do fundador Holden Roberto, a ala de Ngola Kabangu, a ala de Lucas Ngonda e a ala de Pedro Dala.