A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) celebrou os seus 20 anos de existência numa cerimónia realizada na sede do seu Secretariado Executivo, em Lisboa, a 17 de julho.
A CPLP foi formalmente criada em 17 de julho de 1996, em Lisboa, numa reunião que contou com a presença de Chefes de Estado e de Governo de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Portugal.
Seis anos mais tarde, em 2002, Timor-Leste juntou-se à Comunidade ao tornar-se um estado independente. Em 2014, a Guiné Equatorial foi admitida como o nono estado membro da CPLP.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, sustentou que apesar das «dúvidas e angústias» a CPLP «está viva e é politicamente importante» e sublinhou que nenhum Estado membro pode prescindir da comunidade «por poderoso que seja».
No seu discurso na cerimónia que assinalou os 20 anos da CPLP, em Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa destacou o interesse de outros países e de outras comunidades na entidade que, 20 anos depois da sua fundação, «só pode ter mais futuro do que passado e presente».
«É raro passar-se um mês sem se formular o desígnio de uma nova candidatura pretendendo obter o estatuto de observador associado», exemplificou o Presidente da República, destacando que «a mesma tendência» ocorre na sociedade civil, com um «elevado número» de entidades interessadas no estatuto de observador consultivo.
Ao longo dos últimos vinte anos, a CPLP logrou consolidar-se como plataforma de integração e interlocução entre os países de língua portuguesa e desses com o mundo, tendo-se tornado um organismo internacional com credibilidade junto aos seus membros e da restante comunidade internacional, o que pode ser atribuído a avanços efetivos alcançados nas três grandes áreas de atuação da CPLP: a concertação político-diplomática, a cooperação e a promoção e difusão da língua portuguesa.
No ano em que a Comunidade comemora o seu 20º aniversário, o Brasil renovará o seu compromisso com a CPLP ao sediar, em novembro, a XI Conferência de Chefes de Estado e de Governo do organismo e ao assumir a Presidência rotativa da Comunidade pelo biénio 2016-2018.