A Comunidade dos Países Africanos da Língua Portuguesa (CPLP) está a trabalhar na criação de uma força conjunta de intervenção e de apoio a situações de catástrofes que ocorram nos países pertencentes à comunidade. A informação foi avançada pelo chefe de Estado Maior das Forças Armadas (CEMFA) de Cabo Verde, Anildo Morais.
“Já estamos muito bem avançados em termos de procedimentos e a breve trecho teremos o documento pronto para ser aprovado a nível dos ministros da Defesa, uma vez que terá de ter o consenso de todos os países, e neste momento falta apenas a Guiné Equatorial para se pronunciar”, referiu.
As declarações foram feitas à imprensa momentos após Anildo Morais ter presidido à abertura da 21ª reunião dos Chefes de Estado-Maior-General das Forças Armadas (CEMGFA) da CPLP, que está a decorrer na cidade da Praia entre os dias 10 e 11 deste mês. O responsável mostrou-se convicto de que irão ser criadas todas as soluções e medidas para a operacionalização deste mecanismo, que considera ser uma prioridade.
Segundo o próprio, o mecanismo de apoio a catástrofes da CPLP irá abranger o exército, a marinha e as forças armadas, e cada um dos países irá alocar os recursos disponíveis consoante a situação de cada um, tendo garantido que Cabo Verde irá trabalhar com os seus homólogos para que este projeto comece a ser implementado brevemente.
Foi ainda salientado que se o mecanismo já estivesse operacionalizado, já estariam em condições de dar um apoio maior a Moçambique, apesar de Portugal, Brasil e Angola terem feito ações individuais.
Por sua vez, o CEMGFA de Portugal, António Silva Ribeiro, referiu que o encontro da Praia poderá ser determinante para a efetivação de medidas concretas para a implementação desse mecanismo, uma vez que a tragédia de Moçambique mostrou que é evidente, necessário e urgente a criação desta força conjunta de intervenção e de apoio para estas situações.
Silva Ribeiro avançou que Portugal terá uma atuação como os restantes países, onde cada um contribuirá com os meios e capacidades disponíveis para acorrer incidentes naturais e catástrofes de qualquer natureza nos países da CPLP.