Após a 699ª reunião do Conselho da Paz e de Segurança da União Africana (UA), realizada a 11 de julho em Addis Abeba, na Etiópia, sobre a situação política na Guiné-Bissau, a organização africana insiste no “estrito respeito” e aplicação “por todas as partes bissau-guineenses”, do Acordo de Conacri.
Num documento difundido à imprensa esta terça-feira, 18 de julho, o Conselho da Paz e de Segurança da UA diz estar “profundamente preocupado face ao impasse político persistente na Guiné-Bissau e face às dificuldades socioeconómicas que a atual crise arrasta para a população” mas também devido “a paralisia institucional que afeta o país nos últimos dois anos”.
O mesmo órgão da UA “exorta o Presidente da República, José Mário Vaz, a se colocar à altura das suas responsabilidades face a esta situação mostrando a via a seguir para a aplicação do Acordo” em conformidade com as últimas decisões da UA e da CEDEAO. Mas também, pede a todas as partes para se absterem de praticar ações ou proferirem declarações “suscetíveis de exacerbar as tensões e incitar à violência”.
O Conselho da Paz e de Segurança da UA lembra também que a Guiné-Bissau “prevê realizar eleições legislativas e presidenciais, respetivamente em 2018 e 2019”.
Elogiando a ação da Missão da CEDEAO na Guiné-Bissau (ECOMIB), assim como a prorrogação do mandato por mais três meses da ECOMIB, o Conselho não esconde a sua “preocupação” com a retirada da Missão da CEDEAO do país, “devido a condicionalismos financeiros”, que deverá acontecer até fim de setembro de 2017, e apela à comunidade internacional a “conjugar esforços” que permitam financeiramente à ECOMIB prosseguir a suas operações durante “estes momentos críticos na Guiné-Bissau”.