Mais de 700 timorenses vítimas de redes criminosas em Timor-Leste foram resgatados da rua em Portugal, segundo as autoridades ligadas a órgãos de migrações.
As referidas redes criminosas pagaram a viagem aos imigrantes, para Portugal e também para outros países, e prometeram-lhes trabalho remunerado. No entanto, as coisas não correram bem, uma vez que vários timorenses ficaram sem receber ordenado e muitos acabaram nas ruas.
Os mais de 700 timorenses mencionados estavam desalojados desde julho de 2022 e foram recentemente realojados em pousadas da juventude e instalações de municípios.
De acordo com o “Jornal de Notícias”, o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) de Portugal abriu nos primeiros nove meses de 2022 cerca de uma dezena de investigações por tráfico de seres humanos para exploração laboral.
Já o Alto Comissariado para as Migrações revela que, desde julho do ano passado, foram identificados 1.541 cidadãos timorenses “em situação de vulnerabilidade”, dos quais 1.471 foram realojados. A maioria é do sexo masculino, com idades entre os 20 e os 40 anos.
É ainda mencionado que o Alto Comissariado para as Migrações já ajudou a empregar 294 timorenses, 94% dos quais têm alojamento.