A primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen, anunciou um plano para proibir o uso de redes sociais por crianças com menos de 15 anos, argumentando que estas plataformas estão a “roubar a infância” e a afetar a saúde mental dos jovens.
Durante um discurso no parlamento, Frederiksen defendeu que apenas a partir dos 13 anos os pais poderiam autorizar o uso, mas insistiu que o limite geral deveria ser os 15. A líder citou dados que revelam que 94% das crianças dinamarquesas têm contas em redes sociais antes da idade mínima permitida pela União Europeia, que é de 13 anos.
Segundo a primeira-ministra, o uso precoce das redes está ligado a ansiedade, depressão, dificuldades de concentração e problemas de leitura. “Despertámos um monstro”, afirmou, apelando a uma ação firme para proteger as crianças.
A proposta surge no contexto de outras medidas do governo dinamarquês, como a proibição de telemóveis em escolas e centros de atividades, e o apelo a regras mais rigorosas em toda a União Europeia. Outros países, como França e Países Baixos, também estudam restrições semelhantes para jovens utilizadores de redes sociais como TikTok e Instagram.