O Governo cabo-verdiano criticou o PAICV por “insinuar” que o Banco de Cabo Verde (BCV) não foi autónomo no processo de leilão lançado pelo Instituto Nacional de Previdência Social (INPS) e por “lançar suspeições” sobre a gestão dos recursos mobilizados no combate à Covid-19.
A crítica foi feita pela ministra dos Assuntos Parlamentares, Janine Lélis, nesta quarta-feira, 06 de março. Tratou-se de uma reação à declaração política do PAICV na sessão parlamentar realizada no mesmo dia.
O maior partido da oposição no país acusou o Governo de atentar contra a autonomia e independência do BCV, de ingerir na gestão do INPS e de “intransparência” na gestão dos recursos mobilizados no combate contra a Covid-19.
“Na falta de outros argumentos, o PAICV vem trazer uma suspeição em relação a aquilo que é a gestão dos fundos e como é que se chega a essa suspeição, fazendo um cálculo, apurou-se que se conseguiu arrecadar três milhões e o relatório do Tribunal de Contas diz que as despesas estão justificadas em quatro milhões e a conclusão do PAICV é que nove milhões estão por justificar, mas já estamos habituados com esta abordagem do PAICV”, disse Lélis, citada pela “Inforpress”.
A governante esclareceu que o processo de arrecadação de receitas foi feito através da ajuda orçamental para empréstimo, e lembrou que o Estado tem margem para gerir da forma como precisar para o financiamento do orçamento.
Sobre o processo de leilão lançado pelo INPS, argumentou que se trata de um processo novo e que o BCV não supervisiona o INPS.