O segundo membro mais importante da autoproclamada Junta Militar da Renamo (JMR), João Machava, decidiu aceitar o processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR).
A informação foi avançada pelo porta-voz do principal partido da oposição em Moçambique, José Manteigas. Segundo o próprio, Machava, com patente de coronel, foi desmobilizado no quadro da desativação da base do braço armado da Renamo no distrito de Mabote, província de Inhambane.
Machava era o comandante da base. Foram também desmobilizados cerca de outros 300 guerrilheiros que viviam no mesmo local.
O ex-guerrilheiro tinha aparecido ao lado do líder da JMR, Mariano Nhongo, no anúncio da criação do referido movimento, em 2019, na serra da Gorongosa, no centro do país. Desde essa altura que foi considerado o “número dois” da organização.
O acordo de paz em Moçambique foi assinado em agosto de 2019 pelo Presidente da República, Filipe Nyusi, e pelo dirigente da Renamo, Ossufo Momade. Um dos tópicos previstos tinha sido o do desarmamento, desmobilização e reintegração do braço armado da formação política, um processo que ainda se encontra em curso.
Manteigas disse que existem mais 3.700 guerrilheiros que aguardam pelo DDR, de um total de cinco mil guerrilheiros inicialmente previstos.