Apesar de uma investigação da Superintendência de Pensões ter negado a ocorrência de irregularidades, a verdade é que sobrevoa no ambiente outro ponto contra a honra das finanças do presidente Piñera.
Santiago – Uma revelação explosiva, com profundas e prováveis consequências, foi feita pelo portal “Felices y Forrados” (www.felicesyforrados.cl), no qual a família do presidente Sebastián Piñera é acusada de “dispor das poupanças dos trabalhadores”, fluxos que são colocados no questionado sistema de Administração de Fundos de Pensões (AFP).
Embora a Superintendência de Pensões tenha desmentido qualquer tipo de irregularidade, a denúncia em questão semeou dúvidas sobre o assunto e aumentou o já extenso arquivo de animosidade em relação ao atual presidente da nação.
O referido portal, envolvido em várias polémicas, algumas das quais já ouvidas em tribunal, caracteriza-se por vender informação privilegiada aos poupadores, para que estes “fiquem atentos” à alteração das condições das suas poupanças e assim obtenham bons lucros.
O engenheiro comercial Gino Lorenzetti, operador político ligado à Democracia Cristã, é o líder deste lucrativo empreendimento, que na modalidade premium concede alertas por 24 mil pesos chilenos, cerca de 26,23 euros.
Em meio à mais profunda crise económica, da qual há memória nos últimos cinquenta anos neste país, o “guru” do FYF explicou uma “triangulação” que compromete dinheiros públicos das pensões de todos os poupadores chilenos, para trabalhar a favor de capitais privados, vinculado à família presidencial.
As “triangulações” seriam as seguintes: 1) AFP Habitat, Moneda, Asset e ILC. 2) Génesis de José Piñera Echenique, irmão do chefe de Estado e criador do sistema AFP na época da ditadura de Augusto Pinochet. 3) Volcom AGF, de Sebastián Piñera Morel, filho do atual Presidente do Chile.
Enquanto isso acontece, a população aguarda a aprovação no Parlamento da segunda retirada de 10% dos fundos de pensão, para fazer frente à crise atual em muitos lares.
Para aqueles que estão curiosos, podem ver a denúncia original no seguinte link:
Fernando Peñalver