Autoridades Libanesas impedem ataques terroristas em Beirute

A Direção Geral de Segurança do Líbano anunciou que vários indivíduos foram detidos nos últimos dias por suspeitas de planear diversos ataques terroristas dentro do Líbano, inclusive no centro metropolitano de Beirute. De acordo com esta agência nacional de inteligência, o Exército Libanês – em coordenação com o Hezbollah – conseguiu desmantelar na sexta-feira passada uma rede de espiões e terroristas com ligações a Israel com o intuito de efetuar ataques e assassínios no Líbano.

Um dos eventos visados pelos terroristas foi a comemoração do primeiro aniversário do assassínio do ex-Secretário-geral do Hezbollah, Sayyed Hassan Nasrallah, no distrito sul de Beirute (Dahiyeh), no dia 27 de Setembro, onde se reuniram dezenas de milhares de pessoas, incluindo familiares de Nasrallah e diversas figuras políticas. Nesse dia, foram registadas operações do Exército Libanês em diversas zonas em Dahiyeh, onde soldados informaram os comerciantes locais que deveriam encerrar os seus estabelecimentos durante a cerimónia como medida de segurança – uma ação pouco comum, mesmo em ocasiões importantes e mediáticas, sugerindo que haveria de riscos de um ataque terrorista iminente.

O evento em si não teve incidentes e decorreu dentro da normalidade, sob a vigilância de atiradores de elite do Hezbollah, estrategicamente localizados nos topos de edifícios circundantes.

Entretanto, as autoridades Libanesas avançaram que esta rede terrorista tencionava colocar explosivos e bombas dentro de carros e motas com o intuito de causar o máximo número de vítimas em zonas urbanas densamente povoadas. Entre os suspeitos, foram detidos um indivíduo Libanês-Brasileiro e um cidadão Palestiniano. Quando interrogados, os suspeitos revelaram que esta rede na qual estão inseridos, foi responsável por vários assassínios de figuras políticas relacionadas com o partido al-Jamaa al-Islamiya (Grupo Islâmico), que tem ligações ao Hamas e ao Hezbollah. Os suspeitos admitiram também planear o uso de explosivos semelhantes aos utilizados nos ataques dos pagers e walkie-talkies efetuado em Setembro do ano passado pela Mossad – uma operação que matou 42 pessoas, incluindo mulheres e crianças.

João Sousa, a partir de Beirute para a e-Global

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