Presidente da Comunidade Israelita de Lisboa: “Não se pode confundir o Hamas com o povo palestiniano”

David Joffe Botelho, Presidente da Comunidade Israelita de Lisboa

A escalada do conflito na Faixa de Gaza continua nesta sexta-feira, 13 de outubro, dia em que é esperada uma incursão arriscada na referida região do Médio Oriente, por parte do exército israelita.

O e-Global contactou o Presidente da Comunidade Israelita de Lisboa, David Joffe Botelho, para conhecer o seu ponto de vista sobre o que se está a passar após o movimento islamista Hamas ter atacado Israel no passado sábado, 07 de outubro.

“Nada, mas nada, justifica os actos de pura crueldade e barbárie que foram cometidos no dia 07 de outubro pelo Hamas, e nos dias seguintes. O Hamas é uma organização terrorista, ponto final”, começou por afirmar.

Para Joffe Botelho, “o massacre cometido não tem desculpa e não tem justificação ou enquadramento, na história da região, ou em qualquer outra circunstância”. Neste contexto, “o massacre e os actos de terrorismo e violência desumana terão que ter consequências, e essas consequências passam por uma ação determinada e implacável contra o Hamas”.

“O Estado de Israel tem o direito e o dever de se defender. Nesse sentido, todas as ações que visem o desmantelamento e o fim do terrorismo são um direito e uma obrigação. É a integralidade territorial de Israel e a vida do seu povo que está em causa”, defendeu.

No entanto, o representante da Comunidade Israelita de Lisboa sublinhou que “não se pode confundir o Hamas com o povo palestiniano e com os que rejeitam a desumanidade e o terrorismo como forma de afirmação. Esses também são vítimas e reféns dos terroristas”.

“É no diálogo que se avança, não na violência. Mas não pode haver diálogo com terroristas que matam indiscriminadamente, que violam, que mutilam, que matam de forma cruel e bárbara. Esperamos que a ação determinada do Estado de Israel possa conter e desmantelar o terrorismo e os seus agentes”, concluiu.

A Comunidade Israelita de Lisboa, reconhecida oficialmente em 1913, congrega os judeus da Grande Lisboa.

Cátia Tocha

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