Perante a instabilidade dos preços do petróleo, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) decidiu reunir-se em setembro, em Argel, a fim de encontrar um possível compromisso sobre um congelamento da produção.
A reunião informal será realizada à margem do 15º Fórum Internacional da Energia, previsto para 26 a 28 de setembro, conforme indicado num comunicado do presidente da OPEP, Mohammed Bin Saleh Al Sada, que referiu a preocupação da organização com a “restauração da estabilidade e da ordem no mercado de petróleo.”
Um indicador que deixa esperança para uma decisão a favor do congelamento das cotas para esgotar excedentes prejudiciais nos países exportadores cujas economias são fortemente afetadas pela queda dos preços do ouro negro. Diretamente envolvida, a Argélia tem tentado muitas vezes atingir as medidas iniciadas no contexto da chamada “diplomacia do petróleo” para promover uma acão concertada dos exportadores da OPEP e fora da OPEP para parar a queda os preços do petróleo, que atingiram um queda histórica em janeiro de 2016.
Também a Venezuela tem pedido nova reunião dos produtores, assim como a Rússia, para conter a queda do preço do petróleo, que é a única base da economia venezuelana. Recorde-se que, na reunião regular da OPEP em junho, nenhum acordo foi alcançado e os membros da organização deixaram o mercado atormentado com excesso de oferta.
O ministro do Qatar, já manifestou na sequência do anúncio da próxima reunião em Argel, o otimismo da OPEP sobre um reequilíbrio da oferta e da procura, apesar da recaída recente os preços do petróleo. “Esperamos um aumento na procura de petróleo no 3º e 4º trimestres,” graças a uma recuperação económica nos “principais países consumidores”, observou. “O declínio dos preços do petróleo observado recentemente e a volatilidade do mercado atual é temporário”, disse o comunicado, citando fatores cíclicos, tais como o anúncio de Brexit e overstocks.