Frente Polisário acusa Marrocos de privilegiar alvos civis

Frente Polisário

“Marrocos recusa reconhecer o fiasco militar face aos bombardeamentos do exército sarauí, e ataca civis”, acusou a 16 de Novembro, El Bachir Moustafa Sayed, Conselheiro do presidente da República Árabe Sarauí Democrática (RASD) para os assuntos políticos.

As declarações de El Bachir surgem após ser revelado ao diário espanhol El País que 11 civis foram mortos em ataques “supostamente executados por drones pilotados pelo exército marroquino” no território do Sara Ocidental controlado pela Frente Polisário.

Referindo a informação transmitida por uma fonte na Frente Polisário, o mesmo diário espanhol avança que os ataques ocorreram na zona de Miyek, a cerca de uma centena de quilómetros do muro erguido por Marrocos no Sara Ocidental.

Segundo o testemunho recolhido pelo El País, o primeiro “bombardeamento” terá ocorrido no domingo 14 de Novembro, quando um drone abriu fogo contra um veículo provocando a fuga quatro civis, que efectuavam prospecção de ouro na zona de Miyek, que refugiaram-se num segundo veículo onde já estavam três civis. Quando o veículo tentou retirar da zona, o drone procedeu a novo ataque abatendo os sete civis.

O segundo ataque terá ocorrido na manhã de segunda-feira, 15 de Novembro, junto a Bir Lahlu, próximo do local onde três camionistas argelinos morreram a 3 de Novembro, vítimas de um ataque também atribuído ao exército marroquino.

Face aos acontecimentos, Brahim Gali, secretário-geral da Frente Polisário, terá endereçado uma carta ao secretário-geral da ONU, António Guterres, a denunciar a morte dos 11 civis.

Após os confrontos de 13 de Novembro de 2020, entre a Frente Polisário e o exército marroquino, no território sarauí de El Guerguerat, que provocou o fim de um precário cessar-fogo, ambas as partes têm multiplicado as ofensivas. Acções que a Frente Polisário assume, mas que Rabat recusa reconhecer.

RN

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